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Capacitação de equipes de marketing digital: habilidades que o futuro exige

Time Lumis

Publicado 01/01/2025 3 min leitura

As transformações dos últimos anos mudaram não apenas as ferramentas utilizadas pelo marketing, mas a natureza do próprio trabalho. A incorporação da inteligência artificial, a expansão de múltiplos canais, as novas demandas de personalização e a necessidade de decisões orientadas por dados elevaram a complexidade da operação digital corporativa.

Hoje, não basta “fazer marketing digital”: é preciso ter equipes capazes de interpretar dados, operar tecnologias avançadas, entender jornadas e agir com velocidade.

Por isso, a capacitação deixou de ser um benefício interno e passou a ser uma condição para manter competitividade. Empresas que não atualizam suas equipes ficam presas a ciclos lentos, dependentes de TI ou de terceiros, e incapazes de extrair valor das plataformas que já possuem.

O novo perfil do profissional de marketing corporativo

O profissional de marketing atual não é mais apenas criativo ou executor — é um analista, um estrategista e um operador de tecnologias.

Isso não significa que a área precise virar TI. Significa que marketing precisa entender o suficiente sobre dados, integrações e automação para enxergar oportunidades e atuar com autonomia.

As habilidades que definem esse novo perfil incluem:

  • pensamento analítico, para interpretar sinais de consumo e comportamento;
  • visão de jornada, conectando o que acontece entre canais, não só dentro deles;
  • entendimento de automação e segmentação;
  • capacidade de usar IA como ferramenta de produtividade e precisão;
  • domínio de plataformas como CRM, DXP, automação e analytics;
  • noções de arquitetura digital para dialogar melhor com TI;
  • disciplina de testes e experimentação contínua.

A criatividade segue importante — mas agora combinada com método, tecnologia e leitura de dados.

Análise de dados: a base das decisões de marketing moderno

Decisões baseadas apenas em percepções não acompanham mais a velocidade do mercado. As equipes precisam saber trabalhar com dados de forma prática: interpretar comportamento no site, avaliar retenção no portal, identificar queda de desempenho em campanhas, analisar resultados de automação e entender padrões de intenção.

Isso não exige que o time seja formado por cientistas de dados. Exige que todos saibam:

  • quais indicadores importam;
  • como analisar tendências;
  • como interpretar jornada;
  • como traduzir dados em ação.

A análise deixa de ser responsabilidade de um núcleo especializado e passa a ser competência distribuída dentro do marketing.

Automação e IA: ampliação da capacidade operacional do time

A automação e a IA não substituem profissionais — elas substituem processos manuais, lentos e pouco escaláveis.

No marketing corporativo, isso significa:

  • nutrir leads com mais precisão,
  • personalizar jornadas sem aumentar carga operacional,
  • gerar variações de conteúdo com agilidade,
  • detectar comportamentos relevantes antes que virem problemas,
  • ajustar campanhas automaticamente conforme resposta do usuário.

Para operar isso, o time precisa entender o funcionamento básico das automações, os triggers de comportamento, os fluxos possíveis e os riscos de excesso ou má configuração.

A IA entra como apoio analítico e criativo, mas exige maturidade para ser usada com governança.

Domínio da jornada digital: o elemento que conecta tecnologia e estratégia

Com o avanço da multicanalidade, marketing precisa enxergar a jornada como um sistema, não como campanhas isoladas. Isso inclui compreender:

  • como o usuário navega entre site, portal, app e canais externos;
  • onde surgem pontos de fricção;
  • quais são os momentos críticos da experiência;
  • como conteúdos e serviços se combinam para formar percepção de valor.

Essa visão permite que marketing atue não apenas como produtor de conteúdo, mas como designer de experiências — ajustando caminhos, integrando canais e orientando decisões que afetam conversão e fidelização.

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Como estruturar a capacitação das equipes de marketing corporativo

Treinamento eficaz não é feito apenas com workshops pontuais.

Ele precisa ser contínuo, orientado ao contexto real da empresa e conectado às ferramentas utilizadas no dia a dia.

Uma capacitação bem estruturada inclui:

1. Trilhas de conhecimento

Conteúdos progressivos sobre dados, automação, jornada do cliente e uso de plataformas.

Isso evita sobrecarga e ajuda o time a amadurecer naturalmente.

2. Treinamentos práticos dentro das plataformas

Não adianta ensinar conceitos de automação sem relacioná-los ao funcionamento real do CRM ou da DXP da empresa.

3. Laboratórios de experimentação

Espaços onde o time testa campanhas, fluxos e conteúdos com baixa barreira de risco.

A experimentação é o que transforma teoria em fluência.

4. Ciclos de análise e aprendizado

Reuniões curtas e frequentes para revisar dados, discutir resultados e identificar melhorias.

Isso cria cultura e disciplina.

5. Parceria entre marketing, TI e dados

Capacitação também envolve comunicação entre áreas.

Quando marketing entende os limites e possibilidades das integrações, e TI entende as necessidades de agilidade, a operação se fortalece.

6. Atualização contínua

Tecnologias, algoritmos e comportamentos mudam rápido.

Empresas precisam manter ciclos regulares de atualização e reforço de capacidades.

O papel da liderança na evolução das habilidades do time

Nenhuma transformação de capacitação acontece sem alinhamento executivo.

A liderança deve:

  • definir clareza sobre prioridades digitais;
  • incentivar a cultura de dados e experimentação;
  • liberar tempo para aprendizado;
  • promover autonomia com responsabilidade;
  • garantir que as tecnologias adotadas tenham suporte e uso pleno.

Quando a liderança coloca capacitação como pilar estratégico, o time passa a operar o digital com mais segurança, velocidade e capacidade de inovação.

Conclusão

As equipes de marketing digital que prosperam não são as que sabem usar mais ferramentas, mas as que conseguem conectar estratégia, dados, tecnologia e jornada.

A capacitação contínua transforma profissionais em agentes de crescimento, reduz dependências internas e aumenta a maturidade operacional da empresa.

No futuro próximo, a vantagem competitiva não estará apenas nas plataformas adotadas — estará na habilidade das pessoas de extrair delas todo o seu potencial.

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